Já aconteceu de você comprar uma música na internet através do seu desktop e ela não tocar nem no seu celular e nem em qualquer outro lugar? Se sim, saiba que isso acontece porque alguns locais trabalham com o chamado DRM. Sabe o que é isso? O DRM, ou Digital Right Management, em português quer dizer gerenciamento de direitos digitais. Trata-se de um sistema utilizado em mídia basicamente para que se evitem cópias não autorizadas.
Os proprietários dos direitos autorais trabalham com diferentes tipos de DRM, sendo em sua maioria para limitar a produção de cópias, a quantidade de execuções ou para restringir que os arquivos sejam executados em formatos diferentes do original. Esta iniciativa é uma tentativa das produtoras de diversos tipos de mídia de conter a pirataria. Com a popularização da internet e dos gadgets, estas empresas viram este problema crescer de forma colossal.
Quando surgiu
O DRM foi criado em 1996 associado a alguns aparelhos de DVD, mas enfrentou problemas no início. Por exemplo, quem possuía determinado DVD, mesmo que original, não conseguia assisti-lo no computador em função da criptografia criada. Este entrave foi rapidamente modificado com o intuito de fazer algumas correções no sistema em função de ter sido burlado na época. Outro exemplo de problema foi o caso da produtora de games BioWare. O jogo Mass Efect vinha com um limite de três instalações, mas qualquer mudança de hardware fazia o jogo “entender” que se tratava de um computador diferente, prejudicando a usabilidade.
Microsoft
A empresa carrega em seu Windows Media Player uma espécie de verificador de direito de uso. Desta forma, no caso de uma tentativa de ouvir uma música não registrada, o WMP simplesmente não a executa. Além disso, os arquivos baixados através do Media Player não podem ser reproduzidos em outros locais.
Apple
Durante muito tempo a Apple se utilizou da tecnologia DRM ao vender músicas através do iTunes. Os títulos adquiridos na loja virtual só tocavam em aparelhos fabricados pela empresa, e estavam restritos a cinco computadores. Depois de muitas reclamações, a empresa começou a comercializar as músicas sem restrições de DRM um pouco mais caras, até que em 2009 aboliu de vez o sistema.
Polêmica
Vários usuários passaram a reclamar da questão do DRM sob o argumento de que quem pagou por algum arquivo de mídia, seja música, jogo ou filme, teria o direito de uso da forma como bem entendesse. Com o DRM, não se pode fazer uma seleção de músicas em um CD gravável ou em um pendrive para que estas sejam ouvidas no carro, por exemplo. Com isso, muitas pessoas consideravam a proteção por DRM invasiva e que permitia que apenas as grandes corporações pudessem comercializar arquivos de mídia.
O que é feito atualmente
Algumas empresas da indústria cinematográfica optaram por utilizar uma segunda mídia, ou seja, um DVD em anexo, contendo o filme em mp4 para que seja utilizado em plataformas diversas. Outra medida foi diminuir o valor dos arquivos para que a pirataria continuasse a ser combatida. Isso aumentou as vendas por parte das empresas, beneficiando também aos artistas com a tendência da aquisição de um produto original através do pagamento a um preço considerado justo. Outras empresas como a gravadora EMI resolveram investir em qualidade. A disponibilização das músicas de seu catálogo em alta definição sonora e livre do DRM trouxe um resultado comercial bastante interessante para a multinacional britânica.
Alguma dúvida sobre DRM? Compartilhe conosco os seus questionamentos e suas experiências nos comentários!