O mercado de livros digitais no Brasil, apesar de crescente, ainda é muito pequeno se comparado ao de outros países, como os EUA. Em todo caso, sabe-se que existe uma corrida de todas as editoras para disponibilizar o que antes era apenas conteúdo de papel em conteúdo digital. Estamos falando dos, e-books.
Para atender a esta demanda, as casas editoriais precisaram rever alguns conceitos e pensar muito antes de vender o primeiro livro não-físico. Isso porque, tudo que é digital é muito mais fácil de ser copiado e o próprio Copyright acabaria não valendo de nada. A grande questão para os editores, principalmente os mais antigos no mercado, era: como fazer para proteger meu conteúdo da pirataria?
O fato é que muito tempo e dinheiro se perdeu nesse dilema. Algumas empresas ainda têm pouco material em e-book e outras optaram por aplicar o famoso DRM (Digital Rights Managements) para proteção das obras investindo pequenas fortunas para nada. Isso porque o DRM mais usado no mercado, o que é oferecido pela Adobe, é caro e muito fácil de ser quebrado, possibilitando que praticamente qualquer pessoa consiga fazer isso. Não é preciso ser um hacker. Mas e a questão da segurança, como fica?
Proteção do conteúdo X proteção da transação
Para solucionar essa questão ou para apresentar uma opção mais inteligente para empresas e usuários, surgiu o conceito de DRM Social. E antes de explicarmos o que significa, é importante entender de onde surgiu essa tecnologia. Ela partiu da seguinte premissa: não é o conteúdo que precisa estar protegido, mas o ato de compra deste conteúdo e consequentemente os dados de seu comprador. O DRM Social é a tecnologia que mais chega perto deste conceito atualmente.
Então, o que é DRM Social?
É a forma mais simples de evitar a pirataria sem prejudicar os leitores. Funciona assim: ao comprar um livro, os dados do comprador (que podem ser o nome completo, ou o CPF) aparecem no rodapé ou cabeçalho de todas as páginas daquele conteúdo. Isso inibe o compartilhamento ilegal da obra porque ninguém quer ter seus dados expostos. Dessa forma o cliente opta por se proteger e não apenas proteger o livro.
Conteúdo livre é possível?
Dessa maneira (inclusive muito mais barata para todos os envolvidos) o conteúdo está finalmente livre de todas as amarras. Assim, o cliente pode optar por ler seu e-book em qualquer dispositivo (seja celular, tablet ou desktop) e em qualquer lugar. Isso não acontecia com o antigo método que “engessava” essas possibilidades. Ao comprar um livro com o DRM tradicional, o cliente podia ter restrições como:
- Ter de escolher um único dispositivo para leitura;
- Ter dificuldades de abrir o arquivo em outros dispositivos (quando não havia restrição).
Com o novo conceito o cliente bem intencionado e que deseja pagar pelo produto não é mais penalizado, e ainda tem uma desculpa extra para dizer não quando alguém pedir para copiar seu arquivo.
O DRM Social, além de revolucionar o mercado de e-books e tirar uma preocupação das editoras, ajuda a construir consumidores mais conscientes e com isso, reduz também a pirataria.
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